Economia Titulo
Investimentos da UE na América Latina dobram em 97
Do Diário do Grande ABC
22/04/1999 | 14:19
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Os investimentos diretos dos países da Uniao Européia na América Latina registraram um forte aumento em 1997, representando em média mais que o dobro do ano anterior. O aumento chegou até 500% para alguns países, segundo números publicados nesta quinta-feira pelo Eurostat.

Os investimentos passaram de 5.240 para 11.575 milhoes de euros (5.554-12. 270 milhoes de dólares) entre 1995 e 1996, um aumento de 120,9%, segundo o gabinete de estatísticas da UE.

O aumento mais marcado foi registrado no Chile e na Venezuela com uma progressao de 400% e 500%, respectivamente. Os fluxos de investimentos europeus para a Argentina e o Brasil, considerados destinos tradicionais, aumentaram de forma moderada, embora sua progressao tenha se mantido acima de 75%. O Brasil, com 43% dos investimentos diretos, é o destino preferido.

Ao final de 1996, a Espanha era o país que detinha a maioria dos investimentos dos países da Uniao Européia (entre 1992-1996), com 33% do total acumulado, seguida pela França, com 16%, Alemanha, com 15%, e Reino Unido, com 10%.

Estes investimentos acumulados dos quinze países da UE na regiao aumentaram para 47,84 bilhoes de ecus (moeda da época na UE) em 1996, 50,71 bilhoes de dólares no câmbio do euro atual.

França e Alemanha estavam entre os principais investidores nos três países latino-americanos - Brasil, Argentina e México - ao final de 1996, com 38% e 49%, respectivamente. Os investimentos diretos alemaes, que mantinham a posiçao dominante no Brasil e no México, com cerca de um terço (33%) do total, eram apenas de 16% na Argentina. Foram os investimentos franceses os que mantiveram a primeira posiçao neste país, com mais de 20% do total.

A rentabilidade destes investimentos se mantém em uma taxa sensivelmente inferior ao rendimento médio do conjunto dos investimentos diretos da UE em países-terceiros, segundo o escritório de estatísticas da UE.

Em média, os rendimentos (renda gerada em relaçao aos bens) dos investimentos na América Latina foram de 5% em 1996, contra 7% em 1995. Sobre o conjunto dos mercados dos países-terceiros, os rendimentos dos investimentos da UE foram de 8% nos dois anos.

Os números escondem, no entanto - segundo Eurostat - diferenças importantes entre os países latino-americanos. Os rendimentos mais elevados foram registrados no Chile, 30% em 1995 e 15% em 1996, e na Venezuela, com 10% em 1996 contra 6,4% em 1995.




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