Os representantes de mais de 100 países 'reafirmaram sua vontade' em ajudar as pequenas nações em desenvolvimento, mas ainda não apresentaram medidas concretas no encerramento, nesta sexta-feira, de uma conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em Port Louis.

O documento final comprova a vontade de diversos países em ajudar, financeiramente, o desenvolvimento sustentável dos PEID (Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento). A assistência ao desenvolvimento destas regiões foi reduzida durante a última década, passando de US$ 2,3 bilhões para US$ 1,7 bilhão.

Cuba faz parte dos 51 membros dos PEID, que também englobam arquipélagos como as Maldivas, devastadas pelo maremoto de 26 de dezembro. A Conferência de Maurício está destinada a atualizar o programa de desenvolvimento sustentável destas localidades, adotado no ano de 1994, em Barbados, sem ter obtido grande êxito já que seu cumprimento foi parcial, sobretudo por falta de meios econômicos.

Com relação ao comércio, os PEID, que dependem da exportação de produtos como a banana e o açúcar, sofrem as conseqüências da diminuição das medidas preferenciais atuais. A conferência considerou que há de se 'reconhecer a importância destas medidas e a necessidade de tomar medidas frente a sua erosão', sem mencionar as especificidades de cada ilha.

Em Maurício, ilhas insulares pediram, em vão, um tratamento preferencial na OMC (Organização Mundial do Comércio), mas os Estados Unidos e a União Européia se opuseram. O secretário-geral da conferência, Anwarul K. Chowdhury, qualificou de 'formidável' o resultado da Conferência, entre outras razões, porque novos doadores como a China e os membros da Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) estão dispostos a 'ajudar de forma substancial'.