O embaixador brasileiro na Indonésia, Carlos Alberto Câmara, afirmou que as expectativas não são boas em relação à possibilidade de encontrar vivos os dois brasileiros, que desapareceram na explosão de uma boate. Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, ele disse que um soldado que escapou ferido do atentado viu os dois brasileiros ficando para trás. "Sou pessimista, embora possa haver um resultado positivo", afirmou.
De acordo com Câmara, um funcionário da embaixada brasileira no país que fala indonésio fluentemente foi enviado a Bali para acompanhar as buscas pelos desaparecidos. A Austrália deve enviar peritos ao país para ajudar na identificação dos corpos. Muitos dos feridos também não foram identificados, o que pode dar novas chances para encontrar os brasileiros.
O soldado Marco Antonio Farias pertence ao 19º Batalhão de Infantaria Motorizada do Exército de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. O Exército Brasileiro divulgou uma nota nesta segunda confirmando o desaparecimento de Farias. Ele estava de folga e tinha viajado de Timor a Bali em turismo. De acordo com o documento, o soldado estava próximo à boate onde explodiu uma das bombas.
Já o terapeuta paulista Alexandre Wataki, que trabalha em Bali, não foi encontrado até a noite de domingo. A família de Alexandre, ao não conseguir contatá-lo, pediu informações da Embaixada do Brasil na Indonésia. A mulher dele, Mônica Wataki, disse que ele voltaria ao Brasil no mês de novembro para conhecer o filho de dois anos. Preocupada, ela vai embarcar para Bali nesta quarta-feira. Mônica acredita que ele esteja vivo, mas ferido e por isso não teria telefonado à família.
O embaixador disse que "não há a menor dúvida" de que as explosões registradas no sábado em Bali são um atentado terrorista. Na ocasião, pelo menos 187 pessoas morreram e outras 309 ficaram feridas. A rede Al Qaeda, de Osama Bin Laden, é acusada de estar por trás do atentado.
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