Os cerca de 250 estudantes que ocupavam a reitoria da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo desde segunda-feira deixaram o local na madrugada deste sábado após ação da Polícia Militar. A operação surpresa da tropa de choque tinha como objetivo executar o mandado de reintegração de posse expedido pelo juiz Felipe de Mello Franco, da 24ª Vara Cível do Fórum Central Cível João Mendes Júnior.

A desocupação começou por volta das 2h50. Apesar de alguns estudantes terem continuado em frente ao prédio da reitoria, localizado no campus Monte Alegre, em Perdizes (Zona Oeste de São Paulo), a ação foi pacífica.

De acordo com alunos que participava do protesto, os cerca de 110 policiais que participaram da operação entraram no prédio e levaram todos os alunos a uma sala. No local, eles registraram os nomes e número de RG dos estudantes e depois os liberaram.

Os alunos se mostraram indignados com a ação, e afirmaram que a direção da universidade não negociou. "Essa reitoria mostra que veio desde sempre com escudos e cacetetes e escolhendo toda vez o caminho da repressão ao movimento estudantil, ao em vez da abertura de diálogo", diz um texto no blog do movimento. Já a reitoria afirma que a invasão do prédio é “violenta e antidemocrática”.

Ocupação – A reitoria da universidade estava ocupada desde esta segunda. A ação aconteceu após uma audiência pública promovida pela direção da PUC para informar os alunos sobre o “redesenho institucional”.

Segundo a direção, o projeto visa dar à instituição novas estruturas que permitam "dinâmicas mais ágeis e integradas para a realização de suas atividades-fim". No entanto, alguns alunos são contrários à reforma, afirmando que a nova estrutura centraliza as decisões e acaba com a autonomia dos cursos.