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Malária mata mais de um milhão de pessoas por ano
Da AFP
03/05/2005 | 17:27
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgaram nesta terça-feira um relatório sobre o combate a malária ao redor do mundo. De acordo com o levantamento dos órgãos mundiais, "os recursos continuam escassos e é muito cedo para determinar se o peso global da malária aumentou ou diminuiu desde o ano 2000".

A malária é facilmente transmitida e, se o organismo do hospedeiro não for resistente, a pessoa pode morrer em questão de horas. Na África, a situação é mais perigosa: 89% das mortes por malária ocorrem no continente africano. Os demais se concentram na Oceania e Ásia (10%) e na América Latina (1%).

Segundo Richard Feachem, diretor-executivo do Fundo Mundial para a Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária, o número de mortes pode chegar a três milhões por ano. O relatório da OMS/Unicef também diz que para diminuir os índices de mortes e conter a transmissão da doença, os recursos distribuídos deveriam ultrapassar os US$ 3 bilhões. Atualmente, pouco mais de US$ 600 milhões são destinados ao combate ao mosquito transmissor.

Programas já foram lançados, mas não atingiram seus objetivos ou diminuíram as fatalidades de modo significativo. Em 1998, a OMS, a Unicef e o Banco Mundial pretendiam reduzir as mortes por malária à metade até 2010. A publicação médica britânica Lancet criticou o atraso de medidas mais eficazes. Outro projeto, lançado em 2000, em Abuda (Nigéria), visava a disponibilização de mosquiteiros para, pelo menos, 60% das pessoas em alto risco, além de tratamentos mais eficazes. Atualmente, apenas a Eritréia atingiu esta meta. Em regiões do Senegal, a taxa se aproximou dos 40%.




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