O corpo médico britânico se mostra otimista diante da perspectiva de que estas pesquisas médicas provem que a maconha tem efeitos clínicos benéficos, declarou um porta-voz da Sociedade Farmacêutica Real.

``Esperamos uma autorizaçao de prescriçao no prazo de três anos, o que permitirá administrar a maconha a pacientes que precisem o mais rapidamente possível', continuou.

A porta-voz informou que as pesquisas em andamento durarao cerca de seis meses. Uma destas pesquisas consistirá na administraçao da droga a 300 pacientes voluntários para avaliar sua eficácia no tratamento das dores dos pós-operatórios.

Testes clínicos serao realizados em outros 600 pacientes queixosos de esclerose em placas, com o objetivo de avaliar o efeito da maconha sobre a dor, mas também sobre a rigidez dos músculos causada por esta doença.

O Ministério do Interior já autorizou uma sociedade farmacêutica, a GW Pharmaceuticals, a cultivar e fornecer maconha para pesquisas médicas.

Cinco mil plantas de maconha foram plantadas para este fim em agosto passado, em uma estufa no sul da Inglaterra. A localizaçao exata desta instalaçao é matida em segredo.

As plantas atingiram, ao final de seu processo de crescimento, 2,6 metros de altura. Suas folhas foram colhidas e postas para secar antes de serem transferidas para um laboratório da empresa citada.

O objetivo destas pesquisas médicas é chegar a conclusoes que possam ser aceitas pela Organizaçao Mundial de Saúde (OMS). Os resultados dos estudos realizados anteriormente nunca foram reconhecidos como pesquisas científicas confiáveis.