Prédios turísticos de Brasília amanheceram nesta quinta-feira pichados com críticas ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que visitará a capital neste fim de semana. No Memorial JK foi escrito: “Fora Bush assassino”. Já no Memorial do Índio, “Yankees go home!”. As frases já foram apagadas. Mas alertou que os atos de protesto não podem colocar o visitante em situação de risco nem impedir a passagem dos carros de sua comitiva. “O país é livre, e a democracia está a pleno vapor”, disse em entrevista o delegado federal Wilson Sales Damazio, responsável pela parte brasileira da segurança da visita. “Só haverá repressão se a integridade física e mental do dignatário estiver em risco”, completou. Damazio esclareceu que faixas, cartazes e apitos “podem” ser usados, pois não atingem o presidente norte-americano.

Uma equipe de 500 homens da Polícia Federal e do serviço secreto norte-americano farão a segurança de Bush. Também vão trabalhar na cobertura 500 homens da Polícia Militar e cerca de 100 militares das Forças Armadas. “É uma das maiores operações da PF se levarmos em conta o local e a pessoa do presidente e dos antagonismos contra ele”, afirmou Damazio.

Espaço aéreo – Diferentemente do pedido feito pelos norte-americanos, o governo brasileiro decidiu não fechar completamente o espaço aéreo da cidade. A tendência é fechar apenas áreas específicas durante a passagem da comitiva presidencial. O trânsito só será bloqueado para motoristas em geral nos momentos de deslocamentos.

Autoridades minimizaram a possibilidade de atentados de terroristas estrangeiros. “Aqui nós não temos problemas”, disse o vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar. Ele, no entanto, reconheceu que a grandiosidade do aparato para garantir a segurança de George W. Bush.