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Camata nega ter aprovado volta da farra das passagens
09/01/2010 | 11:23
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Na pressa de agradar os senadores em ano eleitoral, a mesa diretora do Senado incluiu entre os seis parlamentares que aprovaram o ato autorizando o uso neste ano da verba de transportes aéreo de 2009 o senador Gerson Camata (PMDB-ES), que nem mesmo estava em Brasília. Ele disse que, naquele dia e hora, estava de licença médica em São Paulo, submetendo-se a série de exames.

Em reposta ao pedido de Camata para que fosse investigado o que houve, a diretoria-geral do Senado limitou-se ontem a republicar o ato, com inovação: no lugar de seu nome, colocou o de Aldemir Santana (DEM-DF). Camata afirma que a medida não valida o ato e nem tampouco resolve o "dano moral" que teve ao ser incluído na lista dos responsáveis por mais uma das mordomias do Senado.

A decisão revoga uma das anunciadas medidas moralizadoras adotadas pela Casa no ano passado, no auge do escândalo dos atos secretos. Ficou acertado, quando da tentativa de conter a farra das passagens aéreas, que a sobra do dinheiro retomaria aos cofres do Senado.

Para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), a republicação do ato com o nome de outro senador, não acaba com a sua nulidade. "É muita baderna."

Já o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), trata a troca dos nomes como sendo "questão subjetiva". Segundo ele, foi requerimento de Camata sobre o que fazer com os créditos restantes que motivou o ato.

Os patrocinadores do ato são o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), Serys Slhessarenko (PT-MT), Mão Santa (PSC-PI) e Patrícia Saboya (PDT-CE).




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