Com o fim da OUA, criada em 1963, os dirigentes africanos irão encerrar um capítulo histórico do continente, o das independências e dos primeiros passos para a unidade, mas também caracterizado pelo autoritarismo, o subdesenvolvimento crônico e um grande número de conflitos.
Os chefes de Estado adotarão os protocolos elaborados por seus ministros durante a semana passada para constituir os órgãos chave da UA. A adoção destes órgãos marcará o lançamento da União.
Estes órgãos, inspirados nos existentes na União Européia, pretendem fazer da UA uma organização mais integrada, melhor governada e mais eficaz.
A atual secretaria-geral será substituída por uma Comissão, com poderes e meios mais consistentes. Em sua qualidade de poder executivo, a Comissão aplicará as decisão da Conferência dos chefes de Estado da União.
O secretário-geral da OUA, Amara Essy, que presidirá a comisão durante a fase de transição, pediu tempo e paciência para colacar em ação as instituições e a integração da UA, iniciada em 1999-2000 pelo líder líbio Muammar Kadhafi e proclamada em 2001 em Sirta (Líbia).
A consistência política e a capacidade de intervenção da UA serão testadas rapidamente em um continente envolvido em vários conflitos.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan está em Durban para saudar a criação da União Africana.
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