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Abu Ghraib não é um caso isolado, segundo a coronel Karpinski
Da AFP
30/09/2005 | 17:42
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Os maus-tratos infligidos aos prisioneiros iraquianos por soldados americanos na prisão de Abu Ghraib são apenas a parte visível de um fenômeno muito mais amplo, afirmou nesta sexta-feira Janis Karpinski, diretora desta prisão na época dos fatos.

"Já foi provado que não se tratava de sete soldados fora de controle que vigiavam os presos no turno da noite", declarou Karpinski, atualmente coronel da reserva, numa entrevista à rádio BBC.

"Os documentos encontrados posteriormente mostraram que isto também aconteceu no Afeganistão e em Guantánamo. A diferença é que não havia fotografias sobre o que aconteceu" fora de Abu Ghraib, acrescentou a militar.

Janis Karpinski fez essas declarações depois que um juiz federal americano exigiu, na quinta-feira, que o governo divulgue mais fotos e vídeos da prisão de Abu Ghraib.

Até o momento, o governo se recusou a divulgar essas fotos, explicando que elas poderiam encorajar sentimentos antiamericanos e serem utilizadas por terroristas como justificativa para atentados.

A coronel Karpinski comandava a polícia militar encarregada da prisão de Abu Ghraib quando os maus-tratos foram cometidos. Ela foi a única na hierarquia militar americana a ser punida por esses fatos, sendo rebaixada de general para coronel por ordem do presidente George W. Bush.




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