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Atentado e conflitos deixam mais de 20 mortos em Bagdá
Do Diário OnLine
Com Agências
22/09/2004 | 21:12
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Dois atentados com carros-bombas e conflitos entre soldados norte-americanos e milicianos xiitas deixaram um saldo de aproximadamente 20 pessoas mortas, nesta quarta-feira, em Bagdá. O número de feridos nas três ocorrências ultrapassa 130.

Pela manhã, um carro-bomba foi detonado na avenida Rabiye, uma importante artéria comercial da zona oeste de Bagdá. Um policial explicou que o suicida jogou seu automóvel contra um grupo de pessoas reunidas num centro de recrutamento da Guarda Nacional, no complexo comercial Al-Safsaf.

O atentado matou pelo menos 11 pessoas e deixou cerca de 40 feridas. Várias casas e veículos foram destruídos com a explosão.

À tarde, outro carro-bomba foi detonado por extremistas da resistência iraquiana, desta vez no bairro Mansur (região oeste de Bagdá). Segundo testemunhas, o atentado foi promovido durante a passagem de dois jipes militares americanos por um prédio conhecido como ‘clube de caça’ - local que era freqüentado por Udai, o filho mais velho do ex-presidente Saddam Hussein, e que virou a sede do Congresso Nacional Iraquiano, de Ahmad Chalabi, desde a queda do regime (em abril de 2003).

A área foi isolada pelo Exército americano e várias ambulâncias foram mandadas para a região. Não há registro de vítimas.

Já no norte do Iraque, dois soldados americanos morreram em ataques contra suas patrulhas. Dessa forma, sobe para 1.037 o número total de soldados mortos no Iraque desde a invasão do país, em março de 2003, segundo números do Pentágono.

No sul do país, outros três soldados americanos ficaram feridos em aterrissagem forçada de um helicóptero, segundo fontes do Exército.

Conflitos - Em Sadr City, o grande bairro xiita de Bagdá, forças da resistência e soldados americanos prosseguiram nesta quarta-feira uma violenta batalha iniciada na noite anterior. O número de vítimas é desencontrado. Enquanto um representante do líder radical xiita Moqtada al-Sadr relatou que pelo menos 15 iraquianos morreram e outros 52 ficaram feridos, informações de dois hospitais do bairro apontaram para 13 mortos e 149 feridos.

A ação do exército americano em Sadr City soma-se ao esforço para pressionar a milícia de Moqtada al-Sadr. A incursão de terça e quarta-feira teria como objetivo desmontar um depósito de armas que funciona na região. Os resistentes trocaram tiros com os soldados pelas ruas e vários iraquianos aproveitaram a confusão para fugir pelas ruas do bairro carregando morteiros, metralhadoras e lançadores de granadas.

Um representante do chefe radical Moqtada al-Sadr, Naím Kaabi, pediu o fim da operação, classificando-a como a mais "devastadora" realizada no bairro desde a queda do regime de Saddam Hussein, em abril de 2003.

Nesta quarta-feira, um site islâmico noticiou que o jordaniano Abu Anas al-Shami, líder do grupo de Abu Musab al-Zarqawi, está morto. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, ele morreu na sexta-feira. De acordo com página na Web, al-Shami morreu num ataque americano em Abu Ghraib, ao oeste de Bagdá.




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