Em entrevista coletiva, o ministro espanhol do Interior, Angel Acebes, declarou que os três suspeitos morreram ao detonar uma "forte carga explosiva", matando também um agente das forças especiais. Ao todo, 11 policiais ficaram feridos na explosão. "A polícia acredita que alguns dos três suspeitos fazem parte das pessoas procuradas pelos atentados de 11 de março em Madri", declarou o ministro.

Segundo Acebes, a investigação sobre os atentados levou a polícia até "um apartamento de Leganés que poderia ter sido ocupado por terroristas". Ao se dar conta da operação policial, os suspeitos, que estavam no apartamento, "começaram a atirar", explicou o ministro.

Após o tiroteio, as casas próximas foram esvaziadas e as forças especiais da polícia prepararam a invasão. Pouco tempo depois, quando a polícia tentou entrar no prédio, ocorreu a explosão, que também provocou danos enormes. "Os terroristas se mataram", afirmou Acebes. De acordo com a rádio privada Cadena Ser, o policial morto tinha 50 anos.

A explosão, que ocorreu às 21h locais (16h de Brasília), foi apresentada inicialmente como uma detonação controlada por agentes especiais da polícia espanhola. Uma espessa coluna de fumaça saía do prédio de quatro andares, em que um dos muros desabou parcialmente, segundo vizinhos.

O edifício, localizado na rua Irene Fernández - uma rua batizada com o nome de uma guarda civil morta num atentado cometido pela organização separatista basca ETA - estava cercado por um importante dispositivo policial, auxiliado por um helicóptero que iluminava a área.