Jesus disse que pegou o pedaço de coxa e sobrecoxa de frango, com a validade vencida e avaliado em R$ 0,90, porque estava sem dinheiro para comprar comida. Ele trabalhava há seis meses no restaurante e disse não imaginar que fosse ser preso por isso.
O auxiliar foi solto na quinta-feira, depois de sua história ter sido divulgada na imprensa e do criminalista Antônio Mariz de Oliveira ter se interessado pelo caso. Jesus, que não tinha antecedentes criminais, só ficou preso tanto tempo porque não tinha um advogado.
Segundo o criminalista, o furto famélico (furto por fome) não prevê punição e está previsto no artigo 24 d Código Penal. O delegado Guederson Ferreira, da delegacia do Aeroporto de Congonhas, onde Jesus ficou preso, disse que ele só ficou preso porque foi pego em flagrante.
Além de ter ficado preso 16 dias, em um cela com outros 25 detentos, Jesus foi demitido por justa causa e não terá direito a nenhuma indenização. O mesmo advogado que o tirou da cadeia vai tentar anular a demissão.
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