Armínio Fraga também falou sobre o caso do Banespa, afirmando que nao existe a menor possibilidade de o leilao do banco acontecer no próximo dia 18 de julho, como estava previsto. Segundo ele, o governo continua trabalhando ``com toda a energia' para resolver esses problemas. Foi uma referência à batalha judicial que envolve a venda do Banespa. ``Nao controlamos o ritmo de trabalho da justiça, mas temos total convicçao de fazer o leilao o mais rápido possível``, disse.
Ainda de acordo com Fraga, é um custo para a sociedade nao fazer essa privatizaçao. ``Embora interesses estejam sendo contrariados, porque é assim que funciona uma sociedade democrática, nao podemos prejudicar o todo social e deixar esse projeto fora da nossa agenda prioritária``, afirmou Fraga.
O presidente do BC também comentou o reajuste médio de 12,2% das tarifas públicas, no ano, estimado no relatório divulgado hoje pelo BC, em Brasília. Garantiu que nao vai alterar a meta de 6% para a inflaçao de 2000, porque ``já foi incorporado às nossas contas. Cabe dentro das metas com tranqilidade``, afirmou Fraga.
Ele voltou a criticar a Contribuiçao Provisória sobre Movimentaçao Financeira (CPMF), que considerada ``inimiga da formaçao do capital e da poupança no Brasil``. Armínio Fraga disse esperar que a contribuiçao seja revista no âmbito da reforma tributária.
O presidente do BC também defendeu a fusao entre a Comissao de Valores Mobiliários (CVM), a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Secretaria de Previdência Complementar (SPC). Segundo Fraga, as três agências regulatórias passariam a atuar unidas, especialmente, junto aos investidores. Já o Banco Central, explicou, ficaria mais voltado para o chamado Risco Sistêmico, que envolve questoes como o sistema de pagamentos e a capitalizaçao do mercado, assuntos já tratados hoje pela instituiçao. Na sua avaliaçao, a CVM deveria cuidar da regulaçao dos fundos de renda fixa.
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