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Arafat quer Palestina independente este ano
Do Diário do Grande ABC
07/03/2000 | 14:06
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O líder palestino Yasser Arafat declarou nesta terça-feira que nao desistirá de sua intençao de declarar a independência palestina neste ano, inclusive unilateralmente, se for necessário.

``Anuncio que a decisao sobre a independência palestina é definitiva. Nao haverá recuo dentro do cronograma dos acordos entre nós e Israel', disse Arafat em discurso no Conselho Legislativo Palestino.

As palavras de Arafat foram interrompidas pelos aplausos, especialmente quando expressou que o ano 2000 será o da independência. O discurso do líder palestino foi feito poucas horas antes do regresso à regiao do mediador americano Denis Ross, que no mês passado nao foi bem sucedido em sua tentativa de retomar as negociaçoes entre o Estado judeu e os palestinos. Segundo fontes, Ross retorna agora com novas propostas.

Os palestinos preferem conseguir a independência como resultado de um acordo de paz com Israel, mas se a declararem unilateralmente ficariam com somente 40% da Cisjordânia e poderiam desatar uma guerra com aquele país. No entanto, Arafat já cedeu uma vez, em maio de 99, ao adiar a declaraçao de independência e poderia ficar em maus lençóis se voltar a fazê-lo.

Arafat nao mencionou diretamente uma data para a declaraçao de independência. O líder palestino disse que se mantinha comprometido com o processo de paz e acusou Israel de prolongar as negociaçoes. ``Este é o momento da verdade. O governo de Israel deve deixar de impor suas condiçoes e desperdiçar o tempo', disse. ``Só aceitaremos a implementaçao total dos acordos e nada menos do que nossos plenos direitos'.

As negociaçoes foram suspensas no início de fevereiro devido a temas como a retirada parcial de Israel da Cisjordânia. Negociaçoes paralelas sobre um tratado de paz continuam estagnadas depois de terem fracassado também em fevereiro. Os palestinos desejam controlar os subúrbios de Jerusalém como parte de uma retirada militar israelense de 6,1% da Cisjordânia, a qual deveria ter sido efetuada em 20 de janeiro, mas o primeiro-ministro Ehud Barak rejeitou a oferta.




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