Um laudo divulgado nesta terça-feira pelo IML (Instituto Médico Legal) comprovou que o revólver calibre 38 encontrado na fazenda de Vitalmiro Moura foi usado no assassinato da missionária americana Dorothy Stang, em Anapu (PA). O fazendeiro está desaparecido.

Anteriormente, a polícia havia cogitado a possibilidade da freira ter sido assassinada com duas armas diferentes. Entretanto, a hipótese foi descartada com os resultados do minucioso exame de balística. O documento será encaminhado na quinta-feira para os delegados responsáveis pela investigação do caso.

Denúncia – Nesta terça-feira, o promotor de Pacajá Lauro Freitas ofereceu denúncia ao juiz titular da Vara de Justiça do município, Lucas do Carmo Jesus, contra os quatro envolvidos no assassinato de Dorothy Stang, no dia 12 de fevereiro em Anapu. O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do crime, o cúmplice Amair Feijoli da Cunha e Moura, conhecido como Tato, e os pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista vão responder processo por homicídio qualificado e podem cumprir de 12 a 30 anos de prisão.

Vitalmiro Bastos e Amair Feijoli teriam motivado os pistoleiros a cometer o crime em troca de uma recompensa de R$ 50 mil. Segundo a denúncia, a freira ganhou a inimizade dos fazendeiros porque encabeçava um projeto de desenvolvimento sustentável em Anapú.

Os dois pistoleiros e Amair Feijoli foram transferidos na semana passada do presídio de Altamira (PA) para a penitenciária de Americano III, em de Santa Izabel do Pará, região metropolitana de Belém. Na próxima terça, os acusados prestam depoimento ao juiz Lucas do Carmo de Jesus, titular da Comarca de Pacajá.