A Série C do Campeonato Brasileiro, enfim, está confirmada. Ou quase isso. Ontem, no início da tarde, a CBF anunciou o depósito como garantia de juízo de quase R$ 2,5 milhões à Justiça da Paraíba - que impunha a inclusão imediata do Treze -, que por sua vez, no início da noite, anunciou não aceitar a iniciativa e contra-atacou.

O Poder Judiciário paraibano rejeitou o pagamento, aumentou o valor da multa diária de R$ 50 mil para R$ 100 mil, estipulou que os clubes que entrarem em campo devem pagar R$ 100 mil por jogo e ainda previu intervenção policial, caso seja necessário.

Por ora, a CBF não descartou a rodada, inclusive em razão do julgamento de Treze e Brasil de Pelotas no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) hoje, que pode desfiliar e multar de forma pesada os clubes. Assim, se o início for mantido, o Santo André estreia amanhã, às 15h30, contra a Chapecoense, em Araras (veja todos os compromissos andreenses ao lado).

Segundo a primeira liminar pleiteada e deferida pela 1ª Vara Cível de Campina Grande, na Paraíba, a entidade gestora do futebol nacional tinha de incluir imediatamente o Treze na Terceirona. Caso não o fizesse, pagaria R$ 50 mil por dia ou total de R$ 2,488 milhões. Considerando diversos "problemas técnicos e outros motivos", a entidade depositou o montante na quarta-feira como garantia de juízo para iniciar o torneio. Com a reviravolta de ontem à noite, porém, os 20 clubes ficam novamente de sobreaviso e aguardam posicionamento da CBF .

Se a tabela de ontem valer, o Ramalhão mandará os três primeiros jogos em Araras (a mais de 100 quilômetros da região, conforme indica punição do STJD). Os seis outros duelos com mando andreense, porém, não têm local previsto em razão da interdição do Bruno Daniel. Mas, com a promessa da Prefeitura andreense de que o local será entregue até 1º de agosto (com laudos e atendendo determinações do TAC - Termo de Ajustamento de Conduta), o time pode receber o Caxias, dia 11, em casa.