O resoluçao da ONU sobre Kosovo, adotada a 10 de junho pelo conselho de segurança, prevê a ``desmilitarizaçao do ELK e de outros grupos armados albaneses de Kosovo'.

Mas esta desmilitarizaçao nao parecia nesta quarta-feira ser prioridade da força de paz no Kosovo.

``A desmilitarizaçao nao pode começar realmente até que a instalaçao da KFOR no Kosovo conclua', disse o porta-voz da Aliança Atlântica, Jamie Shea.

``Enquanto isso, os comandos militares da Otan têm ordem expressa de desarmar todos os elementos do ELK que ameacem a paz e o clima de segurança', acrescentou.

O chefe do estado-maior do exército alemao, que viu fortes tensoes entre o ELK e os sérvios, estimou que é preciso ``agir rapidamente' para um acordo sobre o papel do ELK na futura administraçao da província.

Esse acordo definiria ``as armas que devem ser abandonadas e em que prazo de tempo', segundo o general Hans-Peter von Kirchbach.

O comportamento do ELK é motivo de grande preocupaçao para os ocidentais. O ELK declarou nesta quarta-feira que as tropas russas serao tratadas como uma ``força inimiga' e que nao haverá paz na província até que os russos tenham deixado Kosovo.

A desmilitarizaçao que contempla a Otan consistiria em que o ELK nao vista farda nem porte armas em público, nao realize mais treinamento e que entregue suas armas pesadas à KFOR.

``O objetivo é retirar sua natureza militar. Pode-se transformar em força policial, por exemplo, tirando dele certas armas de calibre superior a 12.7 mm, como as metralhadoras ou as armas antitanque', segundo uma fonte diplomática.

``O desarmamento do ELK é difícil de realizar. Os homens nao renunciarao às suas armas, sobretudo em meio à contínua descoberta de massacres' cometidos pelos sérvios.