Economia Titulo Plástico
Sacolinhas voltam, mas
distribuição é regulada

Estabelecimentos estão sutis na distribuição e estimulam
os clientes a usar as alternativas para guardar as compras

Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
29/06/2012 | 07:00
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Os supermercados da região voltaram a fornecer as sacolas plásticas gratuitas ontem. Mas os estabelecimentos estão sutis na distribuição. O vendedor Wlademir Buosi, 36 anos, e a mulher, a recepcionista Edinalva Buosi, 39, não sabiam que o estabelecimento - onde fizeram as compras - voltou a distribuir as embalagens descartáveis. "Nem vi as sacolas no caixa e a atendente nem ofereceu, acho que porque trouxemos as nossas. De tanto comprar retornáveis, a gente não esquece mais de levar", disse o casal, que tinha pelo menos oito retornáveis no carrinho.

As lojas pretendem continuar incentivando o consumidor a embalar os produtos com opções alternativas. Em uma unidade do Pão de Açúcar, em Santo André, a placa "Oferecemos uma maneira responsável e adequada às sacolas plásticas descartáveis para os clientes que delas necessitam" estava exposta em frente à porta de entrada. No mesmo local, a equipe do CF52Diário/CF precisou pedir sacola para embalar a compra, já que o plástico não estava à disposição para uso do freguês. No Carrefour, em São Bernardo, as sacolinhas também não estavam expostas para a clientela. "Tem pouco estoque de sacola. Ainda vai chegar mais. Só entregamos ao cliente que pede", falou uma funcionária.

No Extra, em São Caetano, havia caixas de papelão espalhadas por debaixo de todos os guichês de pagamento, assim como no Walmart de Santo André. As duas lojas já forneciam as sacolinhas. "A gente não pode ser radical. Tinha sacola retornável no carro e não precisei da descartável, mas para quem anda de trem e ônibus fica difícil carregar de casa ou ter de comprar toda vez que vai ao supermercado", disse a dona de casa, de São Bernardo, Vanessa Torres, 40 anos.

Para o presidente da Plastivida (entidade que representa empresas do setor de plástico), Miguel Bahiense, a solução para ajudar o planeta não será por meio do banimento do plástico. Ele explica que é necessário oferecer embalagens mais resistentes (que suportam peso de até seis quilos) com o objetivo de evitar desperdícios. "Além disso, haver campanha de conscientização. Treinar o caixa e o empacotador para que eles conscientizem o cliente de que não é necessário colocar duas ou três sacolas para embalar o mesmo produto", falou Bahiense.

O Sonda, em São Bernardo, já oferecia o plástico biodegradável ao consumidor. Todos os estabelecimentos têm 30 dias para distribuir a opção mais sustentável, segundo determinação da Justiça.




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