Os informes para a cúpula de Lisboa, que começa quinta-feira e durará dois dias, enfatizam todos o mesmo ponto: a Europa perderá a corrida tecnológica para os Estados Unidos, a menos que invista mais na Internet e faça mais flexíveis leis trabalhistas.

Segundo fontes oficiais, a cúpula de Lisboa incluirá também um pedido do Chanceler austríaco, Wolfgang Schuessel, um conservador democrata-cristao, para que cesse a rejeiçao européia a seu governo pela ascensao ao poder de uma aliança que incluiu o ultradireitista Partido da Liberdade.

"Schuessel apresentará seu pedido, mas nao vaticinamos nenhuma discussao sobre a Austria", declarou segunda-feira o porta-voz da UE Fernando Nevis.

Na cúpula, os líderes da UE firmarao um acordo de livre comércio com o presidente mexicano Ernesto Zedillo, se reunirao com o líder independentista de Timor Oriental, José "Xanana" Gusmao, e debaterao o tema de Kosovo.

Com o fim de utilizar as mais modernas tecnologias para criar empregos, os mandatários provavelmente anunciarao planos de facilitar acesso à Internet a todas as escolas antes do fim do ano, aumentar o financiamento para a investigaçao da rede cibernética e estabelecer programas de treinamento para seu manejo.

Entretanto, têm previsto acertar maneiras de reformar a legislaçao social de cada país, a fim de tornar mais barata e flexível a contrataçao de mao de obra.

Em um extenso documento apresentado a seus colegas, o primeiro-ministro português e atual presidente da UE, Antônio Guterres, disse que a busca de crescimento mediante o uso de modernas tecnologias nao deve se dar às custas da segurança social. Ele propôs que os líderes se comprometam a manter um crescimento econômico de 3% anuais, ainda que nao se espere muito apoio para essa iniciativa.