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Febre amarela mata mais duas pessoas em Goiás
Do Diário do Grande ABC
13/01/2000 | 16:47
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A morte de mais duas pessoas obrigou as autoridades sanitárias de Goiás a manter a vacinaçao em massa contra a febre amarela. Edmundo Xavier de Souza, 36 anos, e Kananda Quirino de Morais, quatro anos, morreram no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), com sintomas suspeitos de febre amarela e dengue hemorrágico, segundo informou o diretor do hospital, Boaventura Braz de Queiróz.

O diagnóstico pode ser confirmado nos próximos dias pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Goiânia, e pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém. Enquanto isso, crescem as filas nos postos de saúde. Desde 21 de dezembro, 300 mil pessoas foram vacinadas. 900 mil doses reforçam os estoques dos pontos de vacinaçao abertos inclusive no fim de semana, como explicou a médica Cristina Borges, do departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia.

Com as duas mortes suspeitas, sobe para 19 o número de casos de febre amarela em Goiás. 11 deles ainda sao considerados suspeitos, oito já estao confirmados, inclusive o exame realizado no estudante Alesson da Costa, 19 anos, que morreu no dia 3, em Brasília. Ele foi infectado pelo vírus Amarilico, no final do ano, quando acampou na Chapada dos Veadeiros, norte de Goiás, juntamente com sua irma Andreya, 20 anos. Ela continua internada em Brasília, mas o laboratório nao confirmou o diagnóstico da febre amarela.

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, febril e de natureza viral. Caracteriza-se por manifestaçoes hepática e renal e pode levar à morte em menos de uma semana. A doença tem duas modalidades: febre amarela urbana, que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, e a febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes, que vem ocorrendo no país desde 1934, nas regioes Norte e Centro-Oeste.

Entre 1973 e 1992, foram notificados no Brasil 355 casos, com 252 óbitos, uma taxa de letalidade de 71%, segundo dados da Fundaçao Nacional de Saúde (Funasa). O maior número de casos ocorreu em Goiás, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.




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