Economia Titulo Indústria
Ferramentaria é foco de projeto da ABDI
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
29/06/2012 | 07:23
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Nario Barbosa/DGABC


O segmento de ferramentaria deverá ser um dos focos prioritários do projeto encabeçado pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC em parceria com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), que deve oferecer capacitação gratuita em tecnologia e o acesso a oportunidades de negócios a pequenas empresas de autopeças dos sete municípios. O Projeto de Adensamento e Complementação Automotiva no Âmbito do Mercosul, que conta com US$ 3,9 milhões em recursos da ABDI e do fundo Focem (formado pelos quatro países do bloco), deve contemplar o apoio a 45 indústrias no Brasil, das quais 30 na região. Com o iniciativa, o setor de ferramentaria (atividade que faz ferramentas e moldes para a produção de outras fabricantes) pode se fortalecer, para fazer frente à concorrência com os produtos importados. O segmento, que conta hoje com cerca de 420 empresas no Grande ABC, é considerado estratégico para as montadoras, junto com a área de engenharia. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Diadema, Luís Paulo Bresciani, há a intenção de destacar no edital de abertura das inscrições - que deve sair em breve - algumas atividades como mais relevantes, por estarem organizadas em grupos de empresas, como é o caso desse setor, e de outros, como de produção de itens de plástico. Bresciani assinala que o Focem é importante para que a área de ferramentaria nacional se prepare para que as montadoras cumpram as regras do programa do regime automotivo, que entra em vigor em 2013. "É um dos itens para os quais se exige a comprovação de conteúdo local (ou seja, produção no Brasil ou no Mercosul). Fortalecer o setor possibilita a complementaridade", afirma. Há poucos dias, as pequenas indústrias do ramo se reuniram com Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz para discutir a questão do índice de nacionalização. Segundo o presidente da Abinfer (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), Paulo Braga, está em negociação o estabelecimento de percentual mínimo. "Queremos que as montadoras tenham 30% de ferramentas e moldes nacionais", diz. Hoje as fabricantes de veículos e sistemistas não teriam mais do que 10% de conteúdo local nessa área. 
ASSOCIATIVISMOCinquenta e três empresas do segmento na região participam atualmente das discussões para a constituição formal de uma associação do polo de ferramentaria. Braga, que integra o polo, cita que, além disso, o grupo planeja o lançamento de site corporativo para aglutinar e divulgar as ações da entidade.




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