A Polícia Civil vai abrir um inquérito para apurar a responsabilidade pelo tumulto ocorrido no sábado durante uma sessão de autógrafos com o grupo mexicano RBD, no estacionamento de um hipermercado Extra, na avenida Guarapiranga, Zona Sul de São Paulo. Três pessoas morreram no local e mais de 40 ficaram feridas depois que o alambrado que separava o palco do público caiu e muitos fãs foram pisoteados durante a confusão.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, na segunda-feira deverá ser verificado o laudo de vistoria do local emitido pelo Corpo de Bombeiros. Policiais do 102º Distrito Policial (Socorro), onde o caso foi registrado, informaram que vítimas e testemunhas devem ser ouvidas.

As vítimas fatais foram identificadas como Cláudia Cristiane de Oliveira Souza, 38 anos, Fernanda Silva Pessoa, 13, e Jennifer Xavier Mattos, 11. Os enterros foram realizados neste domingo. Pelo menos 10 pessoas continuam internadas.

O RBD é sucesso entre os adolescentes brasileiros desde que a novela Rebelde é exibida pelo SBT com os seis cantores da banda no elenco. Os organizadores do evento esperavam cerca de 2 mil pessoas, mas segundo estimativas da Polícia Militar, o público chegou a entre 10 mil a 15 mil fãs neste sábado.

O evento seria dividido entre uma sessão de autógrafos e uma pequena apresentação do grupo. Com o excesso de pessoas, os organizadores decidiram adiantar o show. Foi quando os fãs se apertaram em frente ao palco, causando a queda do alambrado.

O subprefeito do Campo Limpo, José Augusto da Silva Ramos, afirmou que a Prefeitura de São Paulo não deu autorização para a realização do evento no Extra. Em nota divulgada no sábado, o Extra e a gravadora EMI, responsáveis pela organização, lamentaram o incidente e atribuíram o tumulto à exaltação dos fãs.

"Não houve quaisquer razões externas que pudessem colaborar para o acidente, fato gerado exclusivamente pela aglomeração dos fãs localizados próximo ao palco", diz o comunicado.