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Regata do Descobrimento ruma a Cabo Verde
Do Diário do Grande ABC
19/03/2000 | 21:42
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Depois de enfrentarem uma irritante e prolongada calmaria na primeira perna, entre Lisboa e Funchal, os veleiros que participam da Regata do Descobrimento seguem velejando de vento em popa rumo a Cabo Verde - a segunda perna termina no final da semana. Nao que o vento esteja forte, mas pelo menos está soprando constantemente.

Os competidores estao embolados, todos mais ou menos na mesma posiçao, com ligeira vantagem para o português Mariposa, primeiro a chegar a Funchal na semana passada. Na noite deste domingo, o Mariposa desenvolvia velocidade de 7,2 nós (13,3 km/h). Pelo menos foi isso o que a tripulaçao informou pelo rádio - o blefe também faz parte das regatas.

Em segundo, vinha o Papa Léguas, com 8 nós (14,8 km/h), e em terceiro, o Viva, também com 7,2 nós. O Papa Léguas informou que estava fazendo "uma navegaçao tranqüila e agradável". E que o 'balao' está armado desde a Ilha da Madeira. Balao é a vela fina e leve usada para aproveitar o vento de popa (a favor do barco), que a faz ficar bem inflada.

O Corumii, que desistiu da competiçao mas continua fazendo a viagem, estava um pouco mais atrás - também sem enfrentar problemas, "com um vento bastante fraco, mas fazendo uma navegada tranqüila", segundo informaram os tripulantes. Nas últimas 24 horas, haviam percorrido 154 milhas (285 km/h): "Falta pouco para a metade do caminho." Até Cabo Verde. Depois até Salvador, será uma viagem de 15 dias.

Ainda longe da metade do caminho, André Homem de Mello vinha tentando tirar o atraso com seu veleiro Fia. André saiu de Funchal com dois de atraso porque teve problemas no motor, por esquecer de pôr óleo, e precisou esperar por uma peça de reposiçao.

Para o Cisne Branco, que partiu um dia antes do Fia, foi um domingo de pouco vento. E mesmo com 25 velas içadas (15 redondas e 10 latinas), a velocidade nao passou dos 5 nós (9,2 km/h). Nem a missa que o capelao (como se diz padre na Marinha) celebrou pela manha ajudou.

Pelo menos nao aconteceu como na noite anterior, quando o navio velejava a uma velocidade de 10 nós (18,5 km/h) e 'jogava' muito: várias cadeiras tombaram e as xícaras e copos que estavam preparados para o café-da-manha foram parar no chao, quebrados.




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