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Incêndios na Grécia continuam fora de controle após cinco dias
Da AFP
28/08/2007 | 12:05
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Os incêndios que arrasam parte da Grécia continuavam fora de controle nesta terça-feira, após cinco dias de luta contra as chamas que já deixaram até o momento 63 mortos. As autoridades, cada vez mais alvo de críticas, trabalham com a hipótese de que os incêndios foram provocados deliberadamente.

"Os incêndios ainda estão fora de controle. Até agora, não há perigo para os povoados, mas é impossível prever a direção do vento", afirmou um porta-voz dos bombeiros.

Hidroaviões e equipes de luta contra o fogo vindos de Espanha, França, Itália, Portugal e Romênia já estão nos locais afetados tentando apagar as chamas na maior operação de emergência realizada em um Estado da União Européia.

A Turquia, cujas disputas com a Grécia são constantes, e Israel também responderam ao pedido de socorro das autoridades gregas enviando reforços para ajudar as centenas de bombeiros locais mobilizados, exaustos após cinco dias de luta contra incêndios devastadores.

Até o momento, os bombeiros têm conseguido salvar os tesouros históricos gregos. No domingo, as chamas chegaram às portas de Olímpia, cidade que é berço dos Jogos Olímpicos.

Suspeitas - As autoridades do país suspeitam que a maioria das queimadas tenham sido provocadas deliberadamente. Em 2007, já foram registrados 6.404 incêndios contra os 4.600 declarados em 2006.

A Polícia deteve até o momento sete pessoas acusadas de provocar incêndios deliberadamente, enquanto outras 26 foram processadas por diferentes acusações relacionadas a uma série de incêndios desencadeados na Grécia desde o começo da onda de calor, no início de julho.

O governo suspeita que por trás de toda a devastação estejam interesses especulativos e imobiliários.

Política - A onda de incêndios ocorre a menos de um mês da realização antecipada de eleições legislativas, previstas para 16 de setembro.

A oposição socialista criticou a forma como os incêndios vêm sendo enfrentados pelo governo conservador do primeiro-ministro Costas Karamanlis. O governante se defendeu assegurando que o país passa por uma crise "sem precedentes".

O premiê também garantiu que a prioridade de seu governo é o auxílio às vítimas e não a campanha política. No entanto, muitos moradores das regiões evacuadas pelas ameaças das chamas denunciaram que foram abandonados pelas autoridades.




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