O grupo descoberto na segunda-feira na França pretendia atacar o metrô de Paris, um dos aeroportos da capital e a DST (sede dos serviços de contra-espionagem). As suposições foram baseadas em informações procedentes da Argélia e de escutas telefônicas. No entanto, não há qualquer documento nem plano confiscado que permita dizer se o grupo estava preparando um atentado concreto.

Nove pessoas foram presas na segunda-feira a oeste de Paris e na região da Normandia (oeste), das quais sete são suspeitas de terem formado uma célula islamita radical batizada de Ansar Al Fath, ligada a Safé Bourrada, condenado por terrorismo na França.

Todos os suspeitos continuam detidos na DST. Os investigadores têm quatro dias para interrogá-los. Os suspeitos detidos estão vinculados ao GSPC (Grupo Salafista para Pregação e o Combate), principal movimento islamita argelino armado, que jurou obediência à rede terrorista Al Qaeda e faz parte da chamada 'jihad internacional'.

Bourrada estaria também ligado a Rachid Ramda, suspeito de financiar os atentados de 1995 na França, que deixou oito mortos e 117 feridos na estação de metrô de Saint Michel, no centro de Paris.

Desde os atentados de Londres em julho passado, os responsáveis pelos serviços antiterroristas insistem que a França não está a salvo de um ataque similar e apontam o GSPC como o principal risco. "A ameaça terrorista existe na França e está em um nível elevado", declarou o ministro do Interior francês, Nicolas Sarkozy.