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Eletropaulo pode aumentar valor da conta em 30%
Do Diário OnLine
18/02/2003 | 15:00
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A Eletropaulo pode ter que aumentar em até 30% o valor da conta de energia elétrica a partir de junho. A afirmação é do secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo, Mauro Arce, em entrevista ao programa Bom Dia São Paulo nesta terça-feira.

Para justificar o reajuste, Arce alegou a pressão das dívidas de cerca de R$ 6 bilhões da empresa com o governo federal e a elevação do dólar. Para conter essa possível alta, o secretário falou sobre a importância de reestruturar a dívida da Eletropaulo, o que também iria permitir novos investimentos na rede de distribuição.

Controlada pela AES, companhia norte-americana, a Eletropaulo tem uma dívida de R$ 1,8 bilhões com o Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - principal credor do grupo - que vence ainda neste mês.

Apesar do governador Geraldo Alckmin já ter alegado que é impossível o Estado recomprar a empresa, privatizada em abril de 1998, está sendo estudada a proposta de ‘reestatização’, também defendida pelo Sindicato dos Eletricitários. Pelo projeto, o Estado passaria a administrar a companhia, responsável pela envio de energia a 16 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

Se o controle administrativo estatal ocorrer de fato, Arce declarou que a diretoria atual seria substituída por uma nova, com integrantes do governo. Porém, ele afirmou não acreditar que seja intenção do Estado injetar recursos na Eletropaulo.

Eletrobrás - Segundo o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, não há problemas em a Eletropaulo ser até mesmo federalizada, mas que decisão é da competência do governo federal. A federalização é outra proposta que está sendo estudada para se tentar resolver o problema da dívida da ordem de US$ 1,2 bilhão do grupo AES.

Pingueli ressaltou, no entanto, é que de primeira importância que a AES quite suas dívidas com o BNDES. Ele relembrou o caso da Cemar, distribuidora do Maranhão que era controlada pela americana PL. Há cerca de seis meses a empresa dos EUA abandonou a companhia e deixou para trás um dívida de R$ 350 milhões. A cobrança da PL ainda é estudada.




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