A estilista Glória Coelho resolveu abrandar um pouco a mania de colocar referências barrocas em suas coleções. Apesar de alguns modelos apresentarem grandes golas, parecidas com os rufos da época antiga, o foco ficou no Carnaval de antigamente, com direito a fantasias infantis, com modelos complementados por asinhas de anjo, chapeuzinhos em formato de cone e cores variadas, pelo menos a partir da segunda parte do desfile.

De início, Glória veio com o habitual preto. Meias desta cor que chegavam até as coxas foram combinadas com chinelinhos coloridos e complementavam vestidos de babados com transparências nas mangas e nas costas. Calças e bermudas vieram cortadas no modelo saruel, em que o cavalo acaba na altura dos joelhos. Combinada com as mesmas meias e alguns casaquinhos levem propostos pela estilista, podem perfeitamente servir para muitas outras estações, inclusive as mais frias.

Os vestidos, confortáveis e impecáveis como os de uma pequena aniversariante, foram amarrados com diversas fitinhas e laços. As barras obedeciam também a silhueta bloomer, mais arredondada na barra. Outro destaque foram as peças com apliques de tecido, que conferiram bastante volume. Nesta fase, predominaram os tons de amarelo, azul e salmão.

A estilista também resolveu inserir modelos masculinos, desenvolvidos pelo filho, Pedro Lourenço, que não apresenta uma coleção própria há duas edições.