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Corte impede casamento de travesti argentino e transexual francês
Da AFP
08/07/2005 | 11:00
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Um tribunal de apelação próximo à cidade de Paris, França, rejeitou
nesta sexta-feira o recurso apresentado por um transexual francês que desejava se casar com Mônica, um travesti argentino. O tribunal de Versalles confirmou o veredicto dado em primeira instância há um mês.

Segundo a Justiça, a intenção matrimonial expressada por Camille Barre, um transexual francês que adquiriu aparência feminina após uma operação que realizou em 1999, e Benito Martín Leon, que disse se chamar Mônica e se sentir mulher, não se adapta à instituição no estado de direito.

Na França, o matrimônio entre homossexuais é ilegal e os casais de mesmo sexo podem assinar o chamado Pacto Civil de Solidariedade (Pacs). Uma espécie de estatuto de casal de direito, que segundo os defensores da causa gay reconhece 50% dos direitos implícitos em um contrato matrimonial.

Legalmente, Camille é mulher e Benito um homem. No entanto, para a Justiça, o argentino Benito Martín León reivindicou em várias oportunidades sua condição de mulher e os tribunais franceses recordaram que, segundo seus cromossomos, Camille Barré continua sendo um homem, apesar de sua operação.

Há um ano, duas pessoas de mesmo sexo se casaram em uma cidade do sudoeste da França, no que caracterizou o primeiro casamento homossexual da história do país. O polêmico casamento entre os dois homens provocou uma tormenta política entre a direita e a esquerda, com calorosos debates na França.

O prefeito que casou os dois foi suspenso e o matrimônio acabou anulado.




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