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Produtos brasileiros buscam ganhar marcado na França
Da AFP
09/06/2004 | 16:47
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Café, pão de queijo, água-de-coco, amendoim, biquínis, sandálias havaianas, tomate seco e sucos de frutas: estes são alguns dos 140 produtos conhecidos como 'made in Brasil' que esperam conquistar o mercado francês dentro de uma experiência que o governo brasileiro levará também à Índia, Rússia, China, Espanha e Itália.

"Estamos convencidos de que tudo o que se produz no Brasil pode ser vendido em algum lugar", disse em entrevista coletiva o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Luiz Fernando Furlan, que participa nesta quarta-feira, em Paris (França), da inauguração do Festival Brasil, iniciativa dos grupos de supermercados Casino (francês) e Pão de Açúcar apoiada por Brasília.

Decorados com imagens do Brasil, os 700 supermercados Casino que participam do festival de produtos brasileiros em toda a França usarão elementos visuais e degustação de alimentos para atrair mais de 14 milhões de clientes em potencial durante os 10 dias de experiência.

Além de favorecer as pequenas e médias empresas produtoras brasileiras, experiências como esta também buscam melhorar o saldo da balança comercial, que Furlan espera que supere o do ano passado, de quase US$ 23 bilhões.

Em 2004, espera-se que as exportações brasileiras superem US$ 83 bilhões, US$ 10 bilhões a mais que em 2003, o que representa um crescimento de 14%. Para o ministro, "existe uma tendência positiva de comércio exterior e uma mudança cultural nas empresas brasileiras (...) Vamos continuar com este esforço, porque é importante diversificar a força exportadora agregando valor aos produtos".

Para Júlio César Orfali Júnior, diretor do Tropical Spice, consórcio formado por 50 pequenas empresas fabricantes de roupa de praia e que desembarcou no festival com 40 mil biquínis, "esta operação é muito importante, porque dá muita credibilidade aos produtos brasileiros".

Quase todas as empresas que participam da experiência são fornecedoras do grupo Pão de Açúcar.

Para Yannick Cartailler, responsável pelas compras de alimentos estrangeiros do Casino, a experiência, sem precedentes, não faz mais do que atender à demanda do consumidor francês, que, graças ao turismo, busca "novos produtos, exclusivos e étnicos", da América Latina em geral e do Brasil em particular.

Para Furlan, o mais importante é que tanto esta quanto outras iniciativas que contam com o apoio do governo brasileiro mostram "a nova cara do Brasil".

"Foram criadas associações com os setores privado e público para estabelecer grandes companhias brasileiras no mercado internacional e lançar as pequenas e médias empresas em negócios muito promissores", disse o ministro, que se reuniu com o colega francês, Patrick Devedjan.

No total, cerca de 20 milhões de reais é o valor dos produtos brasileiros que serão vendidos na França nesta experiência, segundo o diretor-executivo comercial do grupo Pão de Açúcar, César Suaki dos Santos. A cifa representa uma gota d'água no fluxo comercial entre Brasil e França, que até maio somava 1,7 bilhão de dólares, 23,6% a mais do que nos mesmos meses de 2003.




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