``A guerra terminou. É uma momento histórico positivo para a Africa, que termina o ano com a paz', declarou Annan falando à imprensa.
De sua parte, o primeiro-ministro etíope, Melez Zenawi, declarou te confiança e estar otimistas.
``Tao logo recobramos nossos territórios, dissemos que a guerra havia acabado para nós', acrescentou Zenawi.
A Eritréia e a Etiópia devem firmar, no próximo dia 12, um acordo de paz em Argel, depois do cessar-fogo de 18 de junho, acertado na capital argelina.
O presidente argelino, Abdelaziz Buteflika, era presidente da Organizaçao da Unidade Africana (OUA) durante as negociaçoes deste cessar-fogo. A cúpula da Organizaçao Pan-africana de Lomé, em julho passado, o manteve como mediador neste conflito.
O parlamento etíope deve ratificar nesta sexta-feira a assinatura do acordo de paz com a Eritréia, precisou Zenawi à imprensa.
``Espero poder viajar a Argel para assistir à assinatura do acordo de paz com Eritréia', declarou, por sua vez, Annan.
``Eritréia e Etiópia firmarao um acordo de paz global em Argel, no dia 12 de dezembro', havia anunciado na terça-feira um comunicado da chancelaria da Eritréia.
``Certamente a Etiópia estará presente em 12 de dezembro em Argel. É um acordo de princípio aceitável', declarou, por sua parte, um responsável da chancelaria etíope, assinalando que a decisao deve ser aprovada pelo Conselho de Ministros e o Parlamento.
Segundo o ministério da Eritréia, o acordo prevê a criaçao de uma comissao neutra, encarregada de delimitar a fronteira entre os países e determinar um procedimento para solucionar as compensaçoes vinculadas ao conflito.
Uma comissao neutra de cinco membros ficará encarregada de delimitar as fronteiras ``baseando-se em tratados coloniais e na lei internacional', precisou Asmara, citando o texto do tratado.
Ambas as partes deverao facilitar, nos 45 dias seguintes à assinatura do acordo, suas ``reivindicaçoes e provas' ao cartógrafo das Naçoes Unidas.
Também prevê a libertaçao e repatriaçao de todos os prisioneiros de guerra. A fronteira entre os dois países nao foi delimitada com precisao durante a independência da Eritréia, ex-provincia etíope, em 1993.
Kofi Annan, que chegou na noite de terça-feira a Addis Abeba, partirá na sexta-feira para Asmara, para supervisionar a mobilizaçao de uma força de manutençao da paz da ONU entre os dois países.
O conflito bélico entre a Etiópia e a Eritréia, que explodiu em 1998 por causa de um problema fronteiriço, causou milhares de mortos - em sua maioria soldados de ambos os grupos - e 1,2 milhao de pessoas refugiados.
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