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Inflação do IPC-Imes sobe 2,3% na 2ª semana no Grande ABC
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/01/2003 | 20:52
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A taxa de inflação no Grande ABC ficou em 2,3% na segunda quadrissemana de janeiro, voltando a registrar uma aceleração no ritmo das altas, em função do impulso nos custos com habitação, transportes e educação, de acordo com o último IPC-Imes (Índice de Preços ao Consumidor do Centro Universitário Municipal de São Caetano). O índice da parcial anterior havia sido 2,15%.

O aumento nos gastos com habitação se deve ao aumento nas tarifas de água e esgoto em São Bernardo e Santo André, cujo aumento médio observado nesse levantamento foi de 13,51%, e também ao início da incidência da cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em parte da região. Há ainda a pressão de alta dada pelo reajuste do gás de cozinha autorizado no final de dezembro e que tornou o produto 5,49% mais caro.

Já o crescimento das despesas com transportes reflete as altas da gasolina (em média 3,87% no período) e do álcool combustível (3,48%), além do impacto do aumento no valor da passagem do transporte coletivo em parte dos municípios da região, que teve variação média de 16,04%. Aliado a essas altas, o índice também sofreu a influência do aumento médio de 3,18% nas mensalidades e de 7,5% de livros didáticos.

Pelo levantamento, ainda se observa elevações de preços nos itens alimentícios, embora em patamar menor do que nos períodos anteriores, principalmente por conta de uma oscilação menor nos valores de produtos industrializados (café, azeite e óleo de soja subiram respectivamente 4,56%, 4,70% e 1,34%) e semi-elaborados, como cereais e frango. Os itens in natura impulsionaram para cima o índice, puxadas pelos reajustes expressivos feitos nos valores das frutas, que subiram em média 9,09% e dos legumes (7,46%).

Perspectivas – Para o assistente de coordenação da pesquisa, o economista Lúcio Flávio Dantas, embora o cenário econômico aponte uma redução no nível da inflação, os resultados mais favoráveis não deverão ser verificados neste mês. Isso porque o impacto do aumento de várias tarifas e das mensalidades impede, segundo ele, que haja uma mudança rápida no patamar inflacionário ao longo de janeiro. O economista espera um resultado nos moldes do verificado no fechamento de dezembro (que foi de 2,1%).




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