Um grupo de jovens ricos resolve dar festas em uma laje na periferia – alugam a de Gru (Andrade). Para uma delas, contratam um pagodeiro famoso. “Eles gostam de brincar de pobre, mas com toda a proteção possível, já que contratam um segurança”, diz Bortolotto.
O grupo revela uma frivolidade muitos graus além do socialmente tolerável. A peça mostra uma elite afundada na falta de ética. “Falta a eles cultura, embasamento, maturidade, vergonha na cara”, afirma Bortolotto. A turma de patricinhas e mauricinhos destila preconceito atrás de preconceito. “Gente que tem dinheiro não é brega”, chega a dizer Bia, personagem de Marisa Lobo Viana. “Há uns tempos queria radiografar essa turma que dá valor excessivo a coisas como imagem e grana”, diz.
A Frente Fria que a Chuva Traz – Comédia. Texto e direção de Mário Bortolotto. Com o Grupo Cemitério de Automóveis. 6ª e sáb., às 21h30; dom., às 20h30. No Espaço Cemitério de Automóveis – r. Conselheiro Ramalho, 673, São Paulo. Tel.: 3285-2850. Ingr.: R$ 10. Até 14 de dezembro.
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