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Cesta fica R$ 21 mais cara em 12 meses
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
03/04/2011 | 08:00
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Os principais acompanhantes do arroz com feijão, a carne e o frango foram os produtos que mais encareceram a cesta básica nos últimos 12 meses. O preço dos 34 itens mais consumidos na região passou de R$ 339,35 em março de 2010 para R$ 360,85 no mês passado.

Considerando a diferença nos preços, de R$ 21,50, é possível comprar três pacotes de arroz e ainda levar para casa troco de R$ 2,50. Para se ter ideia, somente o quilo da carne de primeira foi de R$ 12 para R$ 15,53 no período, correspondendo à alta de 29,4%.

Dados da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) apontam que a carne de segunda ficou 18% mais cara, com preço médio de R$ 10,27. "Faz alguns anos que a proteína bovina não para de subir", pontua o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto.

Outra carne bastante consumida como mistura pelos brasileiros, o frango, teve o valor do quilo reajustado em 36,6% em um ano. O consumidor gasta em média R$ 4,10 para comprar a ave nos supermercados da região.

Se colocadas na ponta do lápis, apenas as altas dos preços das carnes causaram impacto de R$ 20,60 no bolso. A Craisa estima que uma família consuma três quilos de carne de primeira, três de corte de segunda e quatro quilos de ave por mês.

HORTIFRÚTI - No mês passado, o grupo formado pelas frutas, legumes e verduras foi responsável por aumento de 6,73% no preço da cesta básica. Encabeçou a lista a cebola, que simplesmente saltou 47,31% no mês, indo de R$ 1,11 para R$ 1,64. "Podem ser só alguns centavos, mas o percentual é alto se considerado que o alimento não é tão essencial", diz o engenheiro.

O fato de os supermercados não estarem mais comprando o produto do interior de São Paulo, mas de Santa Catarina e da Argentina influencia muito o preço, por causa do frete, que fica mais caro. Entretanto, a qualidade do produto é bem melhor.

Os ovos brancos também seguiram a trilha de inflação do frango e aumentaram 12,41% em março, encerrando o período com preço médio de R$ 3,26. A batata foi outro item que encareceu na cesta de alimentos (12,5%), vendida a R$ 1,74.

Nesse grupo, a alface foi a que mais colaborou, pois seu preço retraiu 5%, o que significa quase R$ 0,10 de economia, visto que o pé da folhosa era vendido por R$ 1,68.

 

Preços do arroz e do açúcar estão em queda

Pelo terceiro mês consecutivo, os preços dos pacotes de cinco quilos de arroz e do quilo de açúcar seguem recuando nos supermercados do Grande ABC.

O cereal encerrou março comercializado por R$ 6,33 em média. Em fevereiro seu preço médio era R$ 6,78, e em janeiro, R$ 6,97.

No caso do açúcar, o prego registrado no mês passado ficou em R$ 1,86, valor 8,54% mais barato que em fevereiro (R$ 2,03) e janeiro (R$ 2,04).

Segundo o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto, esses alimentos estão em tendência de queda nos preços neste início de ano, principalmente o arroz.

Mesmo o preço do feijão, que na reta final de 2010 teve disparada, ficou praticamente estável até março. Na média, o pacote de um quilo do grão estava em R$ 2,22, com leve alta de 0,45%. Entretanto, no primeiro bimestre foi observada queda de 7,26%. O preço final em fevereiro chegou a R$ 2,21. Em janeiro, era vendido a R$ 2,39.

FRUTAS - No mês passado, o quilo da banana nos estabelecimentos apresentou pequeno recuo, com preço médio de R$ 1,46 ou 4,38% mais barato, mantendo o comportamento desde o início do ano.

A laranja faz o contraponto, mesmo apesar de ter ficado 0,69% mais barata. O quilo da fruta era vendido na região por R$ 2,39 em março. Mas, entre janeiro e fevereiro, o produto foi inflacionado em 9,38%.

Para o engenheiro da Craisa, o tomate é a maior preocupação no grupo hortifrúti, pois na semana passada a fruta chegou ao maior preço dos últimos 12 meses, indo a R$ 4,84. O item encerrou o mês passado 11,68% mais caro, com quilo médio comercializado por R$ 4,21 frente aos R$ 3,77 cobrados em fevereiro.




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