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Obama diz que Kadhafi deve 'partir agora'
Da AFP
27/02/2011 | 09:11
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem que o líder líbio, Muammar Kadhafi, deve deixar o poder e "partir agora", já que perdeu a legitimidade para governar, informou a Casa Branca.

"O presidente disse que quando o único meio para um líder permanecer no poder é o uso da violência contra o seu próprio povo, este líder perdeu a legimitidade para governar e precisa fazer o que é adequado: partir" declarou o governo norte-americano.

Obama manifestou sua posição durante um telefonema à chanceler alemã, Angela Merkel. Os dois "conversaram sobre as maneiras apropriadas e eficientes com as quais a comunidade internacional pode responder" à crise líbia.

"O presidente saudou os esforços em curso por parte de nossos aliados e sócios, da ONU (Organização das Nações Unidas) e da União Europeia para desenvolver e aplicar medidas contundentes", revelou a Casa Branca.

Pouco depois do comunicado de Obama, a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse que Kadhafi

"perdeu a confiança do povo líbio, e deve partir sem mais derramamento de sangue e violência".

"O povo líbio merece um governo que responda às suas aspirações e que proteja os direitos humanos, reconhecidos universalmente", considerou.

Na sexta-feira, Obama firmou um decreto congelando contas e propriedades de Kadhafi e de seus quatro filhos nos Estados Unidos, afirmando que o regime líbio "violou as leis internacionais e a decência, e deve ser responsabilizado".

Já Clinton determinou a suspensão dos vistos de entrada nos EUA de vários dirigentes líbios e pessoas ligadas à repressão aos protestos.

"Estamos promovendo uma série de passos rápidos para que o governo líbio preste contas por suas violações dos direitos humanos, e para obter uma resposta forte da comunidade internacional", disse a secretária de Estado.

Paralelamente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas analisava ontem uma série de medidas contra o regime líbio, incluindo acusar o coronel Kadhafi por crimes contra a humanidade na CPI (Corte Penal Internacional).

O projeto de resolução prevê ainda o embargo sobre a venda de armas à Líbia, a proibição de viagens do coronel Kadhafi e o congelamento dos bens do líder líbio, de seus familiares e de vários comandantes militares e ministros do atual regime.

O texto determina também a adoção de medidas "para garantir uma assistência humanitária rápida e segura aos necessitados". A reunião da ONU não foi encerrada até o fechamento desta edição.




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