Um dos cabeças do esquema investigado pelo Ministério Público é o patrulheiro rodoviário Armando Mestre Filho, que foi flagrado falando sobre o golpe em diversas ligações telefônicas grampeadas com autorização da Justiça. As gravações apontam que ele acobertava carregamentos ilegais de combustível e providenciava notas fiscais frias para garantir o livre trânsito dos caminhões.
Umas das gravações mostra Mestre negociando com uma funcionária da distribuidora de combustível Betel uma nota fiscal fria para o posto de gasolina Copa 70, no subúrbio do Rio.
Uma outra gravação mostra uma conversa entre o então superintendente da Polícia Rodoviária no Rio, Francisco Carlos Silva, o Chico Preto, e o interessado em liberar um caminhão-tanque barrado por um patrulheiro na estrada.
Ouvido pela reportagem da TV Globo, o dono do posto Copa 70 disse que nunca comprou combustível ou notas fiscais de Mestre. O patrulheiro, em entrevista à emissora, disse que negocia carros importados e que jamais se envolveu com combustível contrabandeado ou notas fiscais frias. A empresa Betel, citada na reportagem como fornecedora de notas frias, teve o registro cassado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em março deste ano.
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