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Policiais rodoviários do RJ encobririam contrabando de combustíveis
Do Diário OnLine
13/10/2003 | 23:04
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Investigações comandadas pela Procuradoria da República apontam que 15 policiais rodoviários federais do Rio de Janeiro comandam um esquema de venda de notas fiscais e cobrança propina para permitir o tráfego ilegal de combustíveis. Segundo reportagem veiculada nesta segunda-feira pela Rede Globo de Televisão, os acusados serão denunciados pelos crimes de tráfico de influência, formação de quadrilha, sonegação fiscal e corrupção.

Um dos cabeças do esquema investigado pelo Ministério Público é o patrulheiro rodoviário Armando Mestre Filho, que foi flagrado falando sobre o golpe em diversas ligações telefônicas grampeadas com autorização da Justiça. As gravações apontam que ele acobertava carregamentos ilegais de combustível e providenciava notas fiscais frias para garantir o livre trânsito dos caminhões.

Umas das gravações mostra Mestre negociando com uma funcionária da distribuidora de combustível Betel uma nota fiscal fria para o posto de gasolina Copa 70, no subúrbio do Rio.

Uma outra gravação mostra uma conversa entre o então superintendente da Polícia Rodoviária no Rio, Francisco Carlos Silva, o Chico Preto, e o interessado em liberar um caminhão-tanque barrado por um patrulheiro na estrada.

Ouvido pela reportagem da TV Globo, o dono do posto Copa 70 disse que nunca comprou combustível ou notas fiscais de Mestre. O patrulheiro, em entrevista à emissora, disse que negocia carros importados e que jamais se envolveu com combustível contrabandeado ou notas fiscais frias. A empresa Betel, citada na reportagem como fornecedora de notas frias, teve o registro cassado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em março deste ano.




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