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Preso por fraudes na Sudam, Jader Barbalho é solto no mesmo dia
Do Diário do Grande ABC
16/02/2002 | 23:21
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O ex-presidente do Senado Jader Barbalho (PMDB-PA) foi libertado no final da noite por habeas corpus concedido pelo presidente do Tribunal Regional Federal de Brasília, Tourinho Neto. A decisão vale também para os outros presos.

Barbalho foi preso na manhã deste sábado, em Belém, por envolvimento em fraudes na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O pedido de prisão temporária dele e de outras dez pessoas foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e acatado pela 2ª Vara da Justiça Federal de Tocantins, nesta sexta-feira.

Além de Jader, outros cinco envolvidos no caso foram presos: os empresários José Soares Sobrinho, Laudelino Soares e Reginaldo Pereira; a consultora Maria Auxiliadora Barra Martins, que analisava os projetos da Sudam; e o ex-superintendente do órgão José Arthur Tourinho, indicado por Jader.

A Polícia Federal testava à procura também de Maurício Vasconcelos, Romildo Onofre Soares, Sebastião José Soares Sobrinho, Geraldo Pinto da Silva e José Osmar Borges, principal fraudador da Sudam e sócio de Jader Barbalho.

A decisão do juiz Alderico Santos, responsável pela prisão do ex-senador, foi baseada nas acusações de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos e falsificação de documentos. Além disso, o juiz alegou que os acusados coagiram testemunhas decisivas, dificultando as investigações das irregularidades no órgão.

Prisão — Jader foi preso por volta das 9h30 em seu apartamento em Belém e foi transferido para Palmas ao meio-dia junto com Maria Auxiliadora e Tourinho, também detidos na capital do Tocantins. Os três ficaram presos na Carceragem da PF de Palmas. Ao chegar no aeroporto da capital do Tocantins, Jader se recusou a falar com a imprensa. O ex-senador ficou em uma cela especial por possuir diploma universitário.

As denúncias de irregularidades na superintendência apressaram a renúncia de Jader ao cargo de senador e à presidência do Senado, em setembro do ano passado. Nas investigações sobre as fraudes, ele foi apontado como um dos principais beneficiários pelos desvios de aproximadamente R$ 130 milhões da Sudam.




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