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Álvaro Dias aposta na queda de Teixeira do comando da CBF
Paulo Basso Jr.
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
15/12/2001 | 19:10
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A reaparição de Ricardo Teixeira durante a reunião da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) que decidiu os grupos da Copa Libertadores de 2002, na semana passada, não surpreendeu o senador Álvaro Dias (PDT-PR). Como também não provocaram mal-estar no parlamentar as declarações do cartola, que agiu em Assunção, no Paraguai, como se nada de anormal ocorresse à sua volta.

Dias voltou a mostrar ceticismo quanto uma possível renúncia do dirigente. Dias aposta na aprovação de uma Medida Provisória (MP) para obter mudanças práticas e imediatas no comando da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

"Que bom que o Ricardo Teixeira esteja novo em folha. Torci muito pela saúde dele, mas torço mais ainda pela saúde do futebol brasileiro", disse o senador.

A receita para a recuperação da credibilidade do futebol no país, na avaliação de Dias, passa pelo afastamento de Teixeira e de outros integrantes da cúpula da CBF .

Mas, como tem repetido com insistência, o senador não confia na hipótese da saída espontânea do cartola. As mudanças só irão ocorrer, segundo Dias, caso entre em vigor a MP que interfere diretamente no futebol. "Renúncia é uma decisão unilateral, que depende de caráter e de vergonha na cara", afirmou Dias.

O presidente da CPI do Futebol não ignora que há pressão para amenizar os efeitos da MP. Um dos argumentos utilizados por simpatizantes da alta cartolagem nacional seria o "risco" de a Fifa afastar o Brasil de competições internacionais por conta de interferência oficial do governo em assuntos esportivos.

"São explicações surradas", disse Álvaro Dias. "Essa gente usou a tática do silêncio, em um primeiro momento, e agora quer aproveitar recesso da Justiça e do Congresso para reagir", afirmou. "Mas espero que, antes do Natal, tenhamos a MP como presente."




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