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Seca pode provocar grave crise no Quênia
Da AFP
08/02/2006 | 14:08
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Quase 3,5 milhões de quenianos estão ameaçados pela fome por causa da seca que afeta esta região da África oriental há dois anos.

A advertência foi feita nesta quarta-feira em Nairóbi pela ONU e o governo do Quênia, que pode enfrentar a pior crise desde sua independência, em 1963.

Segundo uma estimativa de agências da ONU, o número de quenianos que precisam de ajuda para escapar da fome chega a 3,5 milhões, contra os 2,5 milhões calculados anteriormente.

"Muitos quenianos já vivem à beira da fome e, a menos que tenhamos uma resposta imediata dos doadores, se teme o pior", declarou em uma reunião de doadores na capital queniana o diretor do PAM (Programa de Alimentos Mundial) no Quênia, Tesema Negash.

"As chuvas têm sido escassas e, para salvar vidas nos próximos meses, precisamos do envio imediato de dinheiro e alimentos", acrescentou.

Sem doações imediatas, as reservas de alimentos destinadas a ajudar a população ameaçada chegarão ao fim em março, segundo o PAM.

Pelo menos 40 pessoas morreram desde dezembro em conseqüência da seca, principalmente nas regiões áridas do nordeste do país, onde a população de fazendeiros nômades foi dizimada pela sede e fome.

O surgimento de vários casos de meningite, doença que já provocou de 12 a 30 mortes, também foi destacada pelo ministério queniano da Saúde, que teme uma epidemia.

O Quênia é um dos quatro países da África oriental, ao lado de Somália, Djibuti e Etiópia, mais afetados pela seca que castiga a região há dois anos - cinco em algumas áreas - e que ameaça milhões de pessoas.

"Está claro que se os doadores não responderem rapidamente ao pedido da ONU, a situação, já crítica, será muito pior", anuncia um comunicado da organização não governamental britânica Oxfam.

A última crise alimentar no Quênia começou em março de 2000 e seguiu até outubro de 2002. No pior momento da tragédia, em 2001, 4,1 milhões de pessoas precisaram de ajuda alimentar.




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