As MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC acumularam de janeiro a novembro de 2007 um crescimento de 7,4% no faturamento em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse percentual é mais do que o dobro registrado em todo o Estado de São Paulo (3,2%).

Os dados são do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo). Segundo o economista do Observatório das MPEs da entidade, Pedro João Gonçalves, os resultados acumulados são uma prévia do ano como um todo. "O faturamento deve fechar o ano em termos de 7%, muito perto do registrado até novembro", diz.

Isso significa, nas palavras do economista, "um ano muito bom". "O Grande ABC foi muito beneficiado pela melhora das condições de crédito na economia, que acabou alavancando as vendas de veículos", conta Gonçalves. "Isso fortaleceu muito o setor automotivo e foi demandada uma forte produção de peças, onde entram as micro e pequenas indústrias."

Se no acumulado do ano a região vai bem, na comparação entre novembro de 2007 com de 2006 o resultado não é tão empolgante. O faturamento das MPEs do Grande ABC caiu 7,7%, contra um aumento de 1,9% na média estadual.

No entanto, o economista do Sebrae-SP diz que não é motivo para se perder o sono. "A queda de novembro de 2007 contra novembro do ano anterior é a primeira após 14 meses de altas consecutivas de comparação mês a mês."

Já no resultado mensal (comparação de novembro com outubro de 2007), o Grande ABC apresenta uma queda de 9%, acompanhando a tendência estadual (-3,3%). "O resultado mensal não tem como não cair porque novembro teve três dias úteis a menos do que em outubro", explica Gonçalves. "Além disso, o mês anterior também teve o Dia das Crianças, que ajudou bastante o faturamento do comércio, criando uma forte base de comparação.”

Perspectivas - O micro e pequeno empresariado está otimista, segundo pesquisa do Sebrae-SP. Dos entrevistados, 50% acreditam que o faturamento de sua empresa vai aumentar nos próximos meses e 43% acham que vai se manter. "É uma ascendência muito grande. Nunca tivemos 93% das pessoas tendo perspectivas positivas ou estáveis nesse levantamento", conta Gonçalves.