O Palmeiras entra em campo sob tensão, às 16h deste domingo, no Canindé. Pressionado pela revolta dos torcedores, que exigem a saída do técnico Marco Aurélio, o alviverde desafia a boa fase da Portuguesa de Desportos e o fantasma da crise que explodiu na sexta-feira. Representantes da extinta Mancha Verde estiveram na Academia da Barra Funda para protestar e cobrar um time “digno de representar o Palmeiras” na atual temporada.

O termômetro subiu no ambiente. Marco Aurélio recorreu à diplomacia na tentativa de absorver as críticas, mas não conseguiu disfarçar o nervosismo ao interromper as entrevistas. Segundo ele, só resta uma saída ao Palmeiras. “Tenho a consciência tranqüila. Iniciamos um trabalho de renovação e assumo a responsabilidade. Não vou culpar os dirigentes. Vamos nos reabilitar”, promete.

Sem muitas alternativas, Marco Aurélio mantém a base da equipe que empatou em São Januário diante do Vasco pelo Torneio Rio-São Paulo, a menos que prepare alguma surpresa. Se Juninho estiver recuperado, o meia substitui Flávio.

Na Portuguesa, Renê Simões espera que o time saiba manter a naturalidade da estréia. A goleada sobre o União de Araras (6 a 1) elevou o astral do grupo, mas o técnico não admite nenhum tipo de euforia. “Estamos no início do campeonato. Vamos manter a humildade”, sugere.

A exemplo de Marco Aurélio, Simões tem apenas uma dúvida para definir a Lusa: Hernâni, que se recupera de uma contusão muscular. Caso não possa atuar, Zé Roberto entra no meio-campo. O zagueiro Émerson, contundido, permanece de fora. Enquanto isso, os dirigentes não se mostram otimistas quanto à presença de um grande público no estádio.