O STJ (Superior Tribunal de Justiça) aceitou nesta quinta-feira o pedido de afastamento do ministro Paulo Medina, que teve seu nome investigado pela PF (Polícia Federal) por suposto envolvimento com o esquema de venda de sentenças judiciais a integrantes da máfia dos 'caça-níqueis'. Apesar do afastamento, Medina continuará recebendo normalmente seu salário de R$ 23,2 mil mensais.

O plenário do STJ também decidiu adiar a decisão de abrir ou não uma comissão de sindicância para investigar as denúncias contra Medina. Os ministros decidiram dar um prazo de 15 dias para que ele apresente uma defesa prévia ao tribunal.  

 O ministro já estava afastado provisoriamente de suas funções até o dia 18 deste mês, após alegar problemas de saúde. No novo pedido, realizado na quarta-feira, ele pede para ficar afastado até a conclusão das investigações da comissão de sindicância.

O afastamento foi motivado depois que a Polícia Federal revelou escutas telefônicas que mostrariam Medina antecipando seu voto e orientando a defesa a agir em processos que tramitavam no STJ.  

De acordo com as investigações, o advogado Virgílio Medina, irmão de Paulo Medina, teria negociado a venda de sentenças judiciais com empresários ligados à máfia dos 'caça-níqueis'. Uma dessas sentenças teria sido dada pelo ministro do STJ em troca de R$ 1 milhão.