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Metalúrgicos fazem protesto na TRW
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
09/01/2009 | 07:00
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Edmílson Magalhães/DGABC


Na quinta-feira o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC promoveu um ato de protesto na frente da sede da TRW, em Diadema, contra as demissões ocorridas no final do ano passado pela empresa em virtude da crise financeira mundial. Compareceram à manifestação o presidente do sindicato, Sérgio Nobre, o prefeito da cidade de Diadema, Mário Reale, entre outros políticos e dirigentes.

Os participantes do protesto se mostraram indignados com a postura da empresa, que demitiu 172 funcionários em dezembro de maneira brusca. Os funcionários foram avisados no meio do expediente que o turno estava suspenso e que deveriam ir para casa. Só que a suspensão aconteceu às 3h e os trabalhadores não tinham condução. Mesmo assim, a empresa apagou as luzes e expulsou os funcionários do local. Segundo Nobre, a empresa vinha negociando com o sindicato uma maneira para não demitir. "Mas, a empresa aproveitou o período de recesso da entidade e demitiu", afirma. No dia seguinte a este episódio a empresa dispensou os trabalhadores e os informou que iria abonar o dia, mas em seguida os trabalhadores começaram a receber telegramas de demissão em casa.

Nobre afirmou que o sindicato notificou a empresa sobre o ato e que em seguida recebeu uma carta dizendo que a TRW estava aberta a negociações. "Vamos tentar reverter às demissões e reivindicar o convênio que foi suspenso. Antes o convênio só era suspenso depois de 30 dias da demissão", afirmou.

No final de 2008, afirma Nobre, muitas empresas procuraram o sindicato para chegar a um acordo. "Mas a TRW dizia que responderia ao Sindipeças. Quando eles procuram o nosso sindicato era para falar que demitiriam 70, foi quando começou a negociação", explica. E completa: "A empresa queria fazer as demissões em três etapas, outubro, novembro e dezembro para não chamar a atenção da mídia."

De acordo com Nobre, há muitas alternativas - como banco de horas e férias coletivas - antes de as empresas demitirem. "Mas há a dispensa porque é barato demitir. Depois quando a produção recomeça a empresa recontrata e paga o piso da categoria. O que é uma vergonha. Temos que acabar com isto", afirma.

O dirigente afirma que o sindicato não dará trégua e irá fazer manifestações com paradas estratégias. O prefeito de Diadema, Mário Reale, também fez críticas à empresa. "Nossos trabalhadores precisam ser tratados com dignidade". Ele afirmou ainda que irá ajudar no que for necessário para que a situação se resolva.

A empresa foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.




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