Barros foi morto pelos dois policiais militares ao passar por uma blitz no último dia 5, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Segundo o juiz, a decretação da prisão preventiva dos acusados justifica-se para garantir a ordem pública, como também por conveniência da instrução criminal. O juiz também aceitou a denúncia do Ministério Público.
Na decisão, os policiais envolvidos apresentaram versão defensiva, afirmando que o veículo dirigido pela vítima, “que vinha em grande velocidade”, perdeu o controle e colidiu com um muro, em frente ao local onde estavam trabalhando, na rua Alan Kardec. Os PMs disseram que determinaram a Cristiano e sua acompanhante, Kátia Freitas Moreira, que saíssem do veículo, e como a ordem não foi cumprida, e tendo o carro novamente arrancado em alta velocidade, com tiros saindo do seu interior, os policiais tiveram que responder aos disparos. Após a troca de tiros, o analista teria perdido o controle da direção.
Os policiais disseram ainda, na denúncia, que uma mulher teria saído do carro e ao se aproximarem do mesmo, encontraram a vítima morta, estando em seu poder um revólver calibre 38. A versão da testemunha Katia Moreira, que estava no carro junto com o Cristiano, porém, não coincide com a dos policiais. Em suas declarações, ela disse que a vítima não estava dirigindo em alta velocidade, tendo feito a curva na rua Alan kardec em velocidade compatível com o local e tampouco ouviu algum tipo de ordem para que o mesmo parasse o carro. Os familiares da vítima também contestaram a versão dos policiais. Eles afirmaram que Cristiano não possuía arma de fogo.
O exame feito pelo IML (Instituto Médico Legal) mostra não haver vestígios de pólvora na mão da vítima, o que desmente a versão dos policiais de que o estudante teria atirado contra eles, após supostamente furar uma blitz.
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