Nacional Titulo
Rio: PMs acusados de matar jovem têm prisão preventiva decretada
Do Diário OnLine
Com Agências
30/06/2004 | 23:13
Compartilhar notícia


O juiz da 1ª Vara Criminal de São Paulo, Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro, decretou, na noite desta terça-feira, a prisão preventiva dos policiais militares Anderson do Nascimento Seixas e Cléber Adriano Porta de Oliveira. Eles são acusados da morte do analista de sistemas Cristiano Rispoli Barros, 25 anos.

Barros foi morto pelos dois policiais militares ao passar por uma blitz no último dia 5, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Segundo o juiz, a decretação da prisão preventiva dos acusados justifica-se para garantir a ordem pública, como também por conveniência da instrução criminal. O juiz também aceitou a denúncia do Ministério Público.

Na decisão, os policiais envolvidos apresentaram versão defensiva, afirmando que o veículo dirigido pela vítima, “que vinha em grande velocidade”, perdeu o controle e colidiu com um muro, em frente ao local onde estavam trabalhando, na rua Alan Kardec. Os PMs disseram que determinaram a Cristiano e sua acompanhante, Kátia Freitas Moreira, que saíssem do veículo, e como a ordem não foi cumprida, e tendo o carro novamente arrancado em alta velocidade, com tiros saindo do seu interior, os policiais tiveram que responder aos disparos. Após a troca de tiros, o analista teria perdido o controle da direção.

Os policiais disseram ainda, na denúncia, que uma mulher teria saído do carro e ao se aproximarem do mesmo, encontraram a vítima morta, estando em seu poder um revólver calibre 38. A versão da testemunha Katia Moreira, que estava no carro junto com o Cristiano, porém, não coincide com a dos policiais. Em suas declarações, ela disse que a vítima não estava dirigindo em alta velocidade, tendo feito a curva na rua Alan kardec em velocidade compatível com o local e tampouco ouviu algum tipo de ordem para que o mesmo parasse o carro. Os familiares da vítima também contestaram a versão dos policiais. Eles afirmaram que Cristiano não possuía arma de fogo.

O exame feito pelo IML (Instituto Médico Legal) mostra não haver vestígios de pólvora na mão da vítima, o que desmente a versão dos policiais de que o estudante teria atirado contra eles, após supostamente furar uma blitz.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;