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Santo André quer criar 382 cargos na Educação
Fabrício Calado Moreira e Daniela Dahrouge
Especial para Diário
21/08/2006 | 23:35
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A Prefeitura de Santo André quer criar 382 cargos na rede municipal de Educação e ainda dará gratificação (suplementação salarial) a outros 196 já existentes. A maioria das funções atingidas pela proposta de reforma administrativa na Pasta é de professores de educação infantil e fundamental. O impacto na folha de pagamento do setor será de R$ 5 milhões por ano. Hoje, o gasto bruto mensal da Secretaria de Educação com servidores é de R$ 16,5 milhões, sendo R$ 3,5 milhões só com professores. O projeto está parado na Câmara desde 31 de julho.

Fora os cargos de professor a serem criados, os outros 196 serão ocupados por servidores da rede pública que passarão a trabalhar em dois períodos, a chamada jornada suplementar. A seleção foi feita por meio de concurso interno na Pasta em maio, e o aumento nos vencimentos dos servidores em funções gratificadas varia de 20% a 55% do salário-base. Segundo a secretária municipal de Educação, Cleuza Repulho, a reforma deve-se à ampliação da rede de ensino nos últimos anos. Hoje, Santo André tem 4,1 mil alunos.

“Passamos um longo período aumentando a rede para atender à demanda, agora precisamos dar sustentação com recursos humanos”, explica. Segundo ela, até 2008, serão construídas mais quatro escolas – há 44. A rede pública de ensino conta atualmente com 2,75 mil professores, e saltará para quase 3,2 mil pelo projeto.

A titular da Educação garante que a criação dos cargos não infringirá os limites da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Segundo o Departamento de Comunicação Social da Prefeitura, hoje o governo emprega 8.236 funcionários, sendo 5.834 estatutários, 1.903 celetistas e 499 comissionados.

Segundo a diretora do Departamento de Educação Infantil e Ensino Fundamental da cidade, Maria Helena Marin, embora os cargos estejam sendo regulamentados agora, o concurso público para preenchimento das vagas ocorreu em maio deste ano. As contratações devem ocorrer nos próximos dois anos, prazo de validade do concurso.

Os recursos – Para bancar a mudança, a administração espera contar com verba da União, que deverá vir do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico). A proposta foi aprovada no Senado, mas ainda tramita na Câmara dos Deputados e, por conta do período eleitoral da pauta travada, pode enfrentar dificuldades para ser aprovada ainda neste ano.

Cleuza, integrante da comissão que definirá os valores a serem enviados para cada modalidade de ensino, garante que mesmo se o Fundeb demorar, a manutenção do atual Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental) garantirá os recursos, por conta da ampliação na rede andreense.



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