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Dupla inflação e juro favorece ganho dos fundos de renda fixa
Fernando Bortolin
Do Diário do Grande ABC
19/09/2006 | 22:42
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O recuo da inflação e a tendência de queda dos juros tem levado boa parte dos investidores em fundos de investimentos para os ativos de renda fixa, principalmente os fundos de Curto Prazo, muito usados por empresas para a operacionalização do capital de giro, e para os fundos de renda fixa tradicionais.

Balanço da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimentos), até o dia 14, mostra que os Curto Prazo captaram, no mês, um total de R$ 1,32 bilhão em novos recursos, ante R$ 429 milhões dos renda fixa tradicionais.

De longe, são as duas opções que estão atraindo mais os investidores em setembro, período em que o Copom (Comitê de Política Monetária) não tem encontro agendado – e, portanto, a taxa básica de juros não sairá dos atuais 14,25% ao ano.

Essa estabilidade da Selic é importante porque favorece os ativos de renda fixa puros. No caso dos Curto Prazo, o rendimento bruto até a primeira quinzena do mês foi de 0,47% ante 0,48% dos renda fixa. No período, esses ganhos são inferiores apenas aos pagos pelos fundos multimercados (que apostam em renda fixa, ações e derivativos), mas mesmo assim sem grandes diferenças, na faixa entre 0,5% a 0,61%.

Previdência – Os poupadores em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) continuam firmes na ampliação de suas poupanças extras. Segundo a Anbid, os fundos cresceram R$ 297 milhões em patrimônio e já são a quarta principal força do mercado, atrás dos renda fixa, DI e Multimercados, com R$ 66,6 bilhões em recursos financeiros aplicados.

O ativo que desperta maior interesse nessa área é o previdência renda fixa – fundo que aplica em títulos do governo, em CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e CDB (Certificado de Depósito Bancário). O rendimento nominal pago por essas carteiras até a primeira quinzena de setembro soma 0,48%, sendo 10,89% no ano.

Ações – Os fundos de ações estão padecendo ainda das idas e vindas da economia internacional. Das 17 versões de ativos que aplicam especificamente em papéis negociados na bolsa de valores paulista, apenas seis apresentam desempenho positivo no mês.

O destaque, no caso, recai sobre os Ações Setoriais de Telecomunicações. Esses fundos renderam em média 4,37% até o dia 14 de setembro.

No mesmo período, fundos que aplicam basicamente em papéis da Petrobras e da Vale do Rio Doce perderam 7,7% e 7,5%, respectivamente.




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