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BC: inflação acima da meta evitou queda maior do PIB
Do Diário OnLine
Com Agências
20/02/2004 | 13:25
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O Banco Central avalia que se tivesse cumprido a meta de inflação do ano passado, de 8,5%, por meio de um maior aumento dos juros, a economia brasileira teria registrado um crescimento ainda menor. A informação está contida em carta enviada nesta sexta-feira pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, ao ministro Antonio Palocci (Fazenda).

"É importante destacar que outras trajetórias com quedas de inflação mais acentuadas implicariam perdas expressivas para o crescimento do produto (Produto Interno Bruto – PIB). Claramente, portanto, o Banco Central considerou o comportamento da atividade econômica na definição da sua estratégia", disse Meirelles.

Meirelles também estima que o PIB brasileiro cresceu 2,5% no último trimestre de 2003 e apenas 0,3% no ano todo. Os resultados oficiais serão divulgados após o Carnaval pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Considerando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação em 2003 alcançou 9,3%. Para Meirelles, esse índice ficou só 0,8 ponto percentual acima da meta de 8,5%, "dentro de uma margem de erro perfeitamente aceitável".

Segundo Meirelles, a meta de inflação do ano passado também não pôde ser alcançada porque, nos primeiros meses de 2003, havia um processo de "persistência inflacionária", em virtude da "deterioração das expectativas" observada no último trimestre de 2002.

Além disso, os preços administrados por contrato e monitorados exerceram mais pressão inflacionária que os preços livres. Meirelles citou principalmente as correções de preços de transporte coletivo, energia elétrica e telefone. Os preços administrados aumentaram 13,20%, enquanto o crescimento dos preços livres foi de 7,79%.

Política monetária - Segundo o documento do BC, "a flexibilização da política monetária tem sido conduzida sem sobressaltos, de forma a garantir um caminho seguro para o cumprimento das metas para a inflação e a retomada do crescimento econômico de forma sustentada no longo prazo".

A carta destaca ainda que "antes mesmo do previsto pela maioria dos analistas, o nível da atividade começou a mostrar sinais de recuperação, beneficiando-se da retomada da confiança na economia, do crescimento das exportações e, mais recentemente, da flexibilização da política monetária".

Com Agência Brasil




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