O comércio varejista vem apresentando resultados positivos desde agosto de 2006. No último balanço, que analisou o mês de novembro, o faturamento do setor cresceu 0,93% e o volume de vendas 0,56% em relação a outubro de 2006. Na comparação com o mesmo período de 2005, os dados foram ainda melhores: incremento de 9,22% em vendas físicas e 9,09% em receita nominal.

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o órgão, em volume de vendas, o acumulado de 2006 mostra crescimento de 6,25%, enquanto no faturamento atinge o desempenho positivo de 7,5%.

Para Nilo Lopes de Macedo, técnico na área de comércio e serviços do IBGE, o quadro econômico foi favorável para o crescimento do setor em novembro. “No período foi definida a continuidade do atual governo (eleição) e estabilidade da economia. Também houve queda de juros no semestre e um câmbio favorável para entrada de produtos importados e queda de preço”, explica.

Na análise entre outubro e novembro, o destaque ficou por conta do setor de vestuário, que obteve um crescimento em volume de vendas de 5,74% e 3,63% em faturamento. Segundo Macedo, o setor passou por uma recuperação após um mês anterior ruim. “Vestuário tem comportamento que foge ao padrão. Um setor que tem uma inovação tecnológica fraca e perdeu espaço para outros segmentos. Tinha caído muito em outubro e compensou em novembro”, afirma.

Os combustíveis são outro segmento que apresenta oscilações mensais no estudo do IBGE. O setor apresentou bom resultado, com incremento de 2,05% nas vendas físicas e 0,68% em faturamento, superando as quedas verificadas nos últimos meses.

Já o comércio de automóveis continua com a seqüência de resultados positivos de 2006. Em novembro, o segmento cresceu 1,01% em volume físico e 3,14% em vendas nominais contra outubro. “Esse segmento atinge uma classe de maior renda, que tem consciência de juros que estão em queda. A estabilidade econômica influencia nas vendas e o ano deve fechar com resultado positivo”, diz Macedo.