Alguns dos fatores que influenciaram o mercado foram o resultado negativo de um leilão de títulos e o novo aumento do risco-país. A situação foi agravada pelo resultado do IGP-DI, medido pela Fundação Getúlio Vargas, que ficou em 1,11% em maio, frustrando os que apostavam em um corte da taxa de juros na próxima reunião do Copom, na semana que vem.
No leilão de Letras do Tesouro Nacional (LTNs) com vencimento em 2 de outubro, o Banco Central vendeu apenas 1,867 milhão dos 2 milhões ofertados, e com taxas acima das previsões. A remuneração máxima dos títulos foi de 19,07% ao ano, sendo que a expectativa era de 19% anuais.
O resultado levou mais estresse ao mercado e inverteu a tendência do risco-país, que caía pela manhã. O risco medido pelo banco JP Morgan ficou em 1.144 pontos-base, com alta de 5,42%. O C-Bond, principal título da dívida brasileira negociado no exterior, também mudou sua direção e despencou 4,89%, cotado a 66,75% do seu valor de face.
Segundo operadores, as empresas que têm dívidas externas com vencimento neste mês têm dado preferência para honrar esses compromissos em vez de pagar os juros altos dos financiamentos, em razão das constantes disparadas do risco-país, que elevam o crédito às empresas brasileiras. Vencem em junho aproximadamente US$ 2 bilhões em dívidas externas privadas.
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