O presidente do sindicato, Luiz Marinho, disse que está otimista depois do encontro com o diretor de Recursos Humanos da Volkswagen, Enrique Lozano. O presidente da montadora, Herbert Demel, não participou da reunião, que durou mais de sete horas.
Marinho acredita que há 80% de chance de fechar neste domingo uma proposta a ser apresentada aos trabalhadores na assembléia que será realizada na madrugada de segunda, em frente aos portões da unidade Anchieta.
De acordo com o sindicalista, montadora e sindicato cederam em suas posições iniciais, mas a consolidação do acordo depende ainda da revisão das 3 mil demissões.
A Volkswagen aceita readmitir parte dos ex-funcionários, mas o sindicato insiste na reintegração de todos os demitidos. A empresa informou neste sábado que também está otimista e pretende fechar o acordo para garantir o retorno ao trabalho na segunda. Afirmou também que todos os pontos do acordo estão em aberto, mas podem ser discutidos. Ainda de acordo com a montadora houve avanços, mas tudo está relacionado.
Marinho disse durante um dos dois intervalos da reunião que os representantes da montadora queriam estabelecer na mesa a possibilidade de rever apenas parte das demissões, sem esclarecer entretanto quantos funcionários seriam readmitidos.
Ele disse também que tudo pode voltar à estaca zero se não houver acordo neste ponto. O sindicalista manteve a orientação para que os funcionários da Volkswagen compareçam à assembléia de segunda-feira. Ele afirmou que, sem acordo, haverá greve.
A empresa fez no dia 1º de novembro uma proposta final para redução da jornada e dos salários em 15%, como alternativa para evitar a demissão de um excedente de 3 mil funcionários.
Na última terça-feira, os funcionários da empresa rejeitaram o acordo, por discordar, principalmente, da demissão automática de 1 mil funcionários por ano e de uma nova tabela de salários com vencimentos 30% menores para novos contratados.
Em resposta, a Volkswagen anunciou 3 mil demissões a partir de segunda. Marinho enviou à montadora uma proposta de novo encontro. A Volkswagen esclareceu que voltaria à negociação, mas aceitaria rever apenas parte das demissões.
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